quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Ao avistar a casa Samanttha correu ao encontro da porta de entrada, e sem cerimônias, entrou.
Samanttha, salvou a vida de Clarie, quando foi raptada por padres masoquistas, ao qual até hoje as duas carregam cicatrizes em suas costas, para lembrá-las das torturas que sofreram em nome de Jáh.

Samanttha é dois centímetros mais alta que Clarie, de cabelos loiros, lisos e muito claros, geralmente repleto de adorno como tranças, penas e tecidos. Possui olhos azuis, puxados para o anil. Uma mulher magra e de aspecto ágil, com seios poucos fartos. Com diversas cicatrizes espalhadas pelo corpo, no qual esconde com as suas vestes, deve ser por isso que se encantou pelo Edmundo e pela enorme cicatriz que carrega no rosto.
Samantha ao contrario de Clarie, é sempre sorridente, é muito difícil alguém tirá-la do sério. Calma, pode-se dizer até mesmo pacifista, vê o mundo de uma forma colorida. Ela é prestativa e inteligente, curiosa e liberta de quaisquer preconceitos da sociedade. Uma ótima ouvinte, por isso tornou-se a confidente de Clarie, embora seus conselhos poucas vezes sejam seguidos pela mesma.
Samanttha era meretriz e, por possuir conhecimento sobre vários tipos de ervas, foi considerada bruxa pela sociedade. Dessa forma, chamando a atenção dos padres masoquistas.


(...)

Logo em seguida, entrou a menina Amelie. Edmundo e Clarie ficaram para trás, ela parou de frente a porta, ele logo atrás.
- Não está curioso, Edmundo? – disse Clarie, sem tirar os olhos da porta.
- Não sofro dessa fascinação que as mulheres tem, uma cama confortável, pra mim basta. Qual será o meu quarto? – disse Edmundo franzindo a cicatriz.
- O primeiro ao subir as escadas, de frente com o da Samanttha.

Ao terminar de falar, Edmundo entrou na casa.
Entrando em seguida, viu Edmundo subindo as escadas, provavelmente ansioso em buscar sossego, em seus aposentos.
Na sala de visitas, encontrava-se Samanttha e Amelie, animadas, tirando os lençóis, para revelar as lindas mobílias.
Teriam muito trabalho aquelas duas, em deixar a casa limpa e arrumada. Mas, Clarie tinha certeza que o fariam de bom gosto.
Não querendo estragar a animação das duas, Clarie resolve fazer o mesmo que Edmundo refugiar-se no seu quarto.

O seu quarto é uma luxuosa suíte com cortinas marrons, tapetes vermelho-escuros e móveis em mogno fazendo do ambiente nada amistoso. Era o único cômodo da casa limpo e arrumado.
Ela tinha limpado e trazido todos os seus pertences de madrugada. Como não tinha conseguido dormir depois do pesadelo que tivera. Resolveu adiantar um pouco a mudança.

Clarie olhou pela janela, tinha a vista do mar, esse foi o motivo pelo qual escolheu aquele quarto. Perdida em seus pensamentos, mal notou o tempo passar, logo anoiteceria.
Bateram na porta.

- Entrem. – disse sem se virar, continuando a admirar o mar.
- Irá descer para o jantar? – Perguntou Samanttha.

Samanttha, era mais velha que Clarie, uns 6 anos, por isso sentia-se responsável por ela, mesmo sabendo que a mesma não gostava.

- Não tenho fome, o que achou da casa?
- De fato, a casa é bonita, o lugar é lindo, tirando o fato de ser longe da cidade e não termos vizinhos é um bom lugar para morar. Agora me diz, porque esta casa?
- Gosto do mar, e não quero vizinhos abelhudos, quanto menos pessoas saber sobre mim melhor. Aliás, essa casa foi uma barganha.



Samanttha fez menção de dizer mais alguma coisa, mas pensou melhor e conhecendo o gênio de Clarie resolveu sair do quarto.

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